O futuro: energia solar, eólica e carros elétricos

Já há alguns anos incrementou-se a busca por energias alternativas, ecológicas, para substituir os combustíveis fósseis, cuja exploração muito afeta o planeta, seja pelas perfurações, derramamentos nos oceanos, explosões nos poços petrolíferos.

E a energia solar, junto com a eólica, vão se sobressaindo como estrelas de um futuro que já começou.

Agora mesmo, em plena pandemia do coronavírus, o Magazine Luiza anunciou que fechou uma parceria com a Green Yellow, multinacional francesa, para abastecer com energia solar 215 de suas lojas. O contrato prevê a entrega de 9397,1 MWh por ano, que virão de duas usinas fotovoltaicas localizadas em São Paulo – Coroados e Riolândia – e uma no Paraná, em Florestópolis. Esta, concluída no final do ano passado, foi implantada com recursos de cerca de R$ 20 milhões. Haverá geração de 5 MW no horário de pico, com a instalação de 20.160 painéis de captação de energia solar, que depois é transformada em energia elétrica através de aparelhos inversores de eletricidade.

No Paraná

O Paraná tem participação ativa tanto nas gerações de energia solar como eólica. A Copel (Enerbios, Cia. Ambiental, Ventos do Sul) implanta em Palmas o Complexo Eólico Palmas II, com investimentos de R$ 1,8 bilhões. Serão 8 parques eólicos, torres de 140 metros, cada gerador com capacidade de 4.500 kW. A concessionária paranaense de energia é a 6ª. maior geradora do Brasil em energia eólica e a 2ª. do Rio Grande do Norte, onde estão concentrados os investimentos paranaenses, com 5 complexos que somam 643,4 MW de potência instalada, o suficiente para atender 2 milhões de pessoas. E um novo complexo está sendo construído ali, com capacidade para 90 MW.  

Em outra atuação energética, destaque-se que a Copel  inaugurou no Paraná, em parceria com a Itaipu Binacional, a maior eletrovia do país, com 730 quilômetros de extensão, 12 estações de recarga de energia elétrica para veículos entre Paranaguá e Foz do Iguaçu.

Os eletropostos estão em funcionamento em Paranaguá, Curitiba, Palmeira, Fernandes Pinheiro, Irati, Prudentópolis, Candói, Laranjeiras do Sul, Ibema, Cascavel, Matelândia e Foz do Iguaçu. A descabornização é uma tendência mundial e o Paraná dá um exemplo.

Cada eletroposto tem 50 kVA (kilovoltampere) de potência – o equivalente a dez chuveiros elétricos ligados ao mesmo tempo – e três tipos de conectores, próprios para atender os modelos de carros elétricos ou híbridos disponíveis no Brasil.

As estações são todas de carga rápida e gratuita: leva entre meia e uma hora para carregar 80% da bateria da maioria dos carros elétricos. Esses modelos rodam de 150 a 300 quilômetros a cada carga.

A eletrificação automotiva segue tendências da indústria automobilística internacional e atende ao Acordo de Paris, que exige novas soluções de geração e consumo de energia baseadas em fontes renováveis e tecnologia sustentável.

Mais exemplos

No ano passado a UEL – Universidade Estadual de Londrina – inaugurou a primeira Usina Fotovoltaica de Londrina, sistema de captação de incidência solar garantindo uma produção de 489,6 MWh/ano. A Usina, que tem 1.020 placas solares, ocupa uma área de 2 mil metros quadrados do estacionamento da Clínica Odontológica Universitária, no Câmpus Universitário, com capacidade para abrigar até 114 veículos.A obra integra o Projeto de Eficiência Energética aprovado na Chamada Pública Copel-VPDE 001/2017, iniciativa da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Em Foz do Iguaçu vai ser implantado projeto de sistema solar para atender 40 unidades de ensino, com financiamento de até R$ 3,9 milhões da agência de fomento do Paraná e R$ 6,3 milhões de recursos da Copel. Trata-se do Projeto Zero Energy, desenvolvido pelo Governo do Estado através da Copel e GBC Brasil (Green Building Council) e abrange 6 cidades paranaenses.

Em Curitiba, a Universidade Federal do Paraná (UFPR) inaugurou  a maior usina solar fotovoltaica construída em estacionamento (carport) do Brasil, suficiente para abastecer 722 residências.

Em Quatro Barras uma micro usina fotovoltaica implantada pela Prefeitura está trazendo economia e sustentabilidade a cidade. Começando a operação no final de junho, foram poupados R$ 6,4 mil dos cofres públicos até agora. A geração de energia foi de 7430 kWh, que abastece por inteiro os prédios da Secretaria de Educação e o prédio central da prefeitura.O  sistema  deverá  gerar  uma economia de R$ 85 mil por ano,segundo cálculos do Departamen-to  de  Urbanismo. 

Empresas industriais, comerciais, prestadoras de serviços, estão adotando investimentos em fontes alternativas de energia elétrica. Só para citar um exemplo: a cooperativa Cocamar já tem 15 unidades servidas de placas fotovoltaicas, trazendo uma economia de cerca de 80% no consumo. Já a Central Cotriguaçu, integrada pelas cooperativas C.Vale, Copacol, Coopavel e Lar,inaugurou complexo de geração de energia solar com 2028 placas que geram 84.000 Kvh/mês, equivalentes ao consumo de 540 residências de padrão médio.

A sustentabilidade, aliás, não é novidade nas cooperativas paranaenses, que há tempos utilizam-se também do consumo de biomassa (bagaço de cana-de-açúcar e cavacos de eucalipto) em seus parques industriais.

 Em Foz, a Itaipu Binacional desenvolve projetos de carros elétricos e alguns veículos da Renault, sendo aperfeiçoados, atendem a funcionários da empresa. E, dando exemplo, a multinacional geradora de energia implanta 78 painéis fotovoltaicos que poderão gerar 2.470 kWh por mês, ela que, com as águas do rio Paraná, produz quase 90 milhões de MWh.

Com relação aos veículos, os movidos a energia solar tem ganhado destaque no mercado automotivo e há países que só vão permitir esse tipo de combustível num prazo de 5 anos.

No Paraná, o Governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou projeto de lei zerando a alíquota de IPVA de veículos elétricos, visando estimular seu uso.

A energia a partir de fontes renováveis é a grande tendência do mundo, uma vez que a sustentabilidade é pauta de todas as nações.

Copel estimula

A Copel pesquisa uma solução que promete otimizar, e muito, o uso de energia por clientes de geração distribuída, ou seja, aqueles que produzem em casa a própria energia, por meio de painéis fotovoltaicos.

Trata-se de um dos projetos de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) aprovados pela companhia na chamada 21/2016 da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), destinada a levantar iniciativas técnicas e comerciais em sistemas de armazenamento de energia, com vistas a desenvolver tecnologias e infraestrutura de produção nacional.

Para isso, a empresa uniu-se à Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), no Rio Grande do Sul, e à empresa paranaense NHS Sistemas de Energia, para chegar a um sistema que permite não apenas o uso da energia solar produzida, mas também o armazenamento do excedente em baterias especialmente adaptadas, além da gestão inteligente de toda a energia gerada e consumida, com comunicação direta com a rede da distribuidora.

O armazenamento e gerenciamento inteligentes são possíveis graças ao uso de um equipamento, o Inversor Solar On Grid Híbrido, combinado a um software específico. A NHS, desenvolvedora do inversor, trabalha junto com a Copel e a UFSM para adequar o projeto de forma a permitir a exploração da funcionalidade de gerenciar energia em conexão com a distribuidora. 

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