Piquiri, um rio paranaense
A bacia hidrográfica do rio Piquiri abrange uma área de drenagem igual a 24.156 quilômetros quadrados e localiza-se integralmente no estado do Paraná.
As suas nascentes estão na Serra do São João, na divisa dos municípios do Turvo e Guarapuava, em altitudes da ordem de 1.040,0m. Das nascentes o rio Piquiri percorre cerca de 660km até sua foz no rio Paraná, na divisa dos municípios de Altônia e Terra Roxa, em altitudes da ordem de 220,0m. Parte desse trajeto ocorre na direção geral leste-oeste, até a divisa dos municípios de Laranjal e Marquinho, a partir de onde inflete para a direção geral sudeste-noroeste, até desaguar, pela margem esquerda, no rio Paraná. Ao longo do seu percurso recebe como principais contribuintes, de montante para jusante, os rios do Cobre, Bandeira, Cascudo, Feio, São Francisco, Tourinho, Melissa, Jesuítas, Verde, Encanto e Azul, pela margem esquerda. Pela margem direita, contribuem os rios Cantu, Sapucaí, Goio Bang, Goio-êre, Jangada e Xambré. O rio Piquiri, principal curso de água da bacia, banha total ou parcialmente os municípios de Guarapuava, Turvo, Campina do Simão, Goioxim, Santa Maria do Oeste, Marquinho, Palmital, Laranjal, Nova Laranjeiras, Diamante do Sul, Altamira do Paraná, Guaraniaçu, Campo Bonito, Campina da Lagoa, Braganey, Anahy, Iguatu, Corbélia, Ubiratã, Nova Aurora, Quarto Centenário, Goioerê, Mariluz, Alto Piquiri, Formosa do Oeste, Brasilândia do Sul, Assis Chateaubriand, Palotina, Iporá, Francisco Alves, Terra Roxa e Altônia.
Pesca
O rio Piquiri é um rio piscoso. Infelizmente, no dia 22 de fevereiro o IAP – Instituto Ambiental do Paraná – foi forçado a proibir a pesca, ali, e também em alguns dos afluentes (Goio Erê, Cantu, Melissa) devido à ocorrência de 50 toneladas de peixes mortos.
O Instituto observou no rio processos erosivos de lavouras em que produtores não conservam as curvas de nível, o que eleva a turbidez da água, com uma alta concentração de nutrientes.
A causa da mortandade teriam sido grãos como soja e milho com agrotóxicos. A pesca foi liberada.
O IAP vai proceder à reposição das espécies- pacu, piapara e mandi.
Já no dia 23 de março, graças a uma ação das associações de pescadores da bacia do rio Piquiri, foram soltos 60 mil alevinos em suas águas, entre os municípios de Quarto Centenário e Nova Aurora.
Depois, mais 160 mil foram soltos entre os municípios de Formosa do Oeste e Quarto Centenário. Participaram da ação o Governador Ratinho Júnior, o secretário do Desenvolvimento Sustentável e Turismo Márcio Nunes, dirigentes da Senepar de Toledo e Campo Mourão e também do IAP.
No total, com outras ações, foram 500 mil alevinos repovoando o Piquiri para uma “Pesca Consciente”.