Polpas de frutas, para alavancar o progresso de Santo Antonio do Paraíso
APÓS A TEMPESTADE DO CORONAVÍRUS, UM ARCO-ÍRIS COM POTES DE OURO
Santo Antonio do Paraíso tem uma boa notícia, que dá alento para a sua Economia: o empresário Mauro Matsunaga, ex-proprietário da empresa Yoki e dono da Fazenda Vila Puree, está implantando ali uma moderna indústria de polpas de frutas. Inicialmente deverá gerar cerca de 100 empregos diretos e parceria com mais 100 produtores, cujas famílias serão beneficiadas com mais renda na propriedade. Segundo a empresa, já foram firmadas parcerias com pequenos produtores de Santo Antonio do Paraíso, Congonhinhas, Andirá, São Jerônimo da Serra, Nova Santa Bárbara, Jaboti, Pinhalão, Ribeirão do Pinhal, Jundiaí do Sul.
Elas envolvem a produção de morango, goiaba, ameixa, pêssego, pitaya, maracujá, manga e abacaxi, numa área plantada de 122,2 hectares, sendo necessária uma produção de 2,9 mil toneladas por ano na primeira etapa, para ainda em 2020.
Na segunda etapa prevista para entrar em operação em 2022 serão introduzidas a manga e o abacaxi, numa área total plantada de 660 hectares e necessidade de produção de 19,5 mil toneladas por ano.
O investimento é de R$ 26 milhões e a renda que será gerada no campo está estimada em R$ 3,2 milhões por ano agrícola.
O secretário de Estado da Agricultura, Norberto Ortigara, esteve visitando a propriedade. Ele diz que, bem conduzida, a iniciativa vai mudar a realidade da região com a diversificação de produto que rende 5 a 6 vezes mais que um hectare de soja. “A produção de soja é muito importante para nosso Estado, mas nessa região a produção de frutas é uma excelente oportunidade de geração de renda para as pequenas propriedades”.
Produção, história, atrações
Conforme dados do Ipardes, na pequena área territorial de 163 km2, o município tem plantados 9.180 hectares de soja e 7.880 de trigo, além de outras culturas como cana-de-açúcar, milho, feijão, tomate, frutas (maracujá, pêsssego, laranja, goiaba). A região é ideal para a fruticultura pelo clima favorável, com temperatura média anual entre 21 e 22 graus e pouca probabilidade de geadas.
A cidade abriga uma unidade da cooperativa Integrada.
Na sede urbana, está a igreja matriz de Santo Antonio, o Ginásio de Esportes Vitão, alguns recantos com cachoeiras.
Uma festa tradicional, que não se realizará neste ano, é a do Peão, com muitas atrações. Na localidade 10, há uma tradição de folia de reis que remonta há 80 anos. Ali mesmo está sendo implantado, aproveitando um fundo de vale e as águas do rio Congonhas, um Parque Ecológico.
A história nos dá conta de que as primeiras famílias a chegarem à localidade onde hoje está Santo Antonio do Paraíso foi em 1936.
O povoado era conhecido como “Patrimônio do Dez”, porque ficava a 10 quilômetros até a estrada que liga Nova Fátima a Congonhinhas. Depois o nome mudou para Santo Antonio do Pary, por causa do manancial aquático com esse nome.
Foi somente em 1950 que começaram as medições de terras.
O município foi criado em 25 de julho de 1060, com o desmembramento de São Jerônimo da Serra.
