Quatiguá não tem mais trem, mas precisa cuidar da extensão dos trilhos
Quatiguá,como muitas outras cidades brasileiras, já teve uma estação ferroviária. Ela foi construída quando a cidade ainda se implantava em meio às florestas, na década de 20. Graças a uma política governamental que privilegiava o sistema rodoviário, linhas férreas ficaram obsoletas, estações abandonadas – e o país paga por isso ainda hoje (quando volta-se a falar em novas estruturas ferroviárias para baratear os transportes). O fato é que as linhas férreas trouxeram progresso, permitindo a vinda de colonizadores às regiões. Um exemplo foi Quatiguá.
A cidade ficou sem sua estação ferroviária, que deveria ter sido preservada para testemunha de uma história – e virar, talvez, um museu, como ocorreu em muitas outras localidades.
Ficou para a Prefeitura o encargo de cuidar da limpeza de toda a extensão dos trilhos que passam pela cidade. No dia 22 de maio, por exemplo, isso aconteceu. Através da Secretaria de Obras, um trabalho foi ali executado, com a limpeza do mato e dos resíduos. Com o mato e o lixo às margens da ferrovia e em cima dos trilhos (devido ao descarte incorreto da população), animais peçonhentos são atraídos, bem como ocorre a proliferação do mosquito da dengue.
O mato alto e o lixo acumulado estavam contribuindo para a proliferação de escorpiões e do Aedes aegypti – colocando em risco a saúde da população.
Quatiguá
Quatiguá tem origem na linguagem guarani. Katiguá era o nome dado pelos índios a uma árvore colorante que fazia parte da vegetação regional.
A Revolução, em 1930, fez de Quatiguá palco de violentos combates entre as tropas revolucionárias, vindas do Rio Grande do Sul, e as forças paulistas. O povo quatiguense ergueu um obelisco na Praça Expedicionário Eurides do Nascimento, para que estes acontecimentos jamais sejam esquecidos.