Santa Isabel do Ivaí: histórias do fim do café e de empreendedores

Santa Isabel do Ivaí, no extremo noroeste paranaense, tem histórias sobre o café e empreendedorismo. A respeito da rubiácea, que foi a grande responsável pela colonização, teve na geada de 1975 a aniquilação das plantações. Aconteceu, como em todo o Norte do Paraná, o grande êxodo rural.

Sérgio Maeoka, que nasceu em Santa Isabel do Ivaí em 1960, teve a família mudando-se para Apucarana e ele, aos 15 anos, foi trabalhar de entregador de uma farmácia. Alguns anos se passaram e ele, em Curitiba, vendeu um automóvel Chevette para implantar uma pequena farmácia num bairro afastado. Estava nascendo a fantástica rede Nissei de Farmácias.

Outras histórias são das pessoas que ficaram em Santa Isabel. Na agricultura, muitas delas diversificaram a produção, acabando com a temida monocultura. Hoje, conforme dados do Ipardes, o município, com 349 km2, tem expressivas produções de milho (2.700 hectares), arroz (2.525), soja (2.500), mandioca (1.026), cana-de-açúcar (757), abacaxi (110), laranja (100). A produção leiteira é das maiores, por município, do Estado.

A cidade recuperou-se do grande tombo. Hoje, está toda asfaltada, Prefeitura com prédio novo, ativas a Associação Atlética Banco do Brasil e o CTG Fronteira Paranaense, comércio diversificado, prestadores de serviço, uma Associação Empresarial atuante.

Bem, está levando um tombo, como todo o mundo, com o coronavírus…

Frigorífico

Outra história de empreendedorismo é dada pela família Patrão, dona do frigorífico Patrão.  As atividades tiveram início em 1992, quando, com uma Toyota Bandeirante, ano 1972, compravam suínos vivos para serem abatidos no abatedouro municipal (hoje desativado).  Os animais eram comprados aos poucos, diariamente, e alojados nas pocilgas do abatedouro.

Porque havia um preconceito em relação à carne suína, as primeiras vendas foram feitas de forma condicional: o que não fosse vendido, era recolhido.

Com um trabalho sério, preocupação máxima com a higiene, a aceitação foi crescendo. E então a empresa também foi crescendo, foram feitas parcerias com produtores e elaborado um novo projeto da indústria. Em 2014, foi conquistada a certificação do registro do frigorífico, Sisbi, com habilitação para comercialização em todos os estados brasileiros.

Os consumidores têm nos produtos Padrão um padrão de qualidade. Os animais são criados dentro dos padrões de bem-estar animal, com ração balanceada para uma melhor qualidade da carne, um abate dentro das normas exigentes (baixo nível de stress). Um dos diretores, Bruno Patrão, inclusive é médico-veterinário.

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