Toda a imensa e intensa beleza da Escarpa Devoniana protegida há 30 anos
(da Redação)
No dia 27 de março a APA estadual da Escarpa Devoniana completou 30 anos de existência. A área, com 392.363,38 hectares, é a maior Unidade de Conservação do Paraná e abrange 12 municípios: Lapa, Piraí do Sul, Tibagi, Castro, Carambeí, Palmeira, Balsa Nova, Campo Largo, Arapoti, Sengés, Ponta Grossa e Porto Amazonas.
É uma das mais belas paisagens brasileiras, incluindo-se ali maravilhas como o Parque Estadual da Vila Velha e o Cânion do Guartelá.
A APA foi criada com o objetivo de “assegurar a proteção do limite natural entre o Primeiro e o Segundo Planaltos Paranaenses, inclusive faixa de Campos Gerais, que se constituem em ecossistema peculiar que alterna capões da floresta de araucária, matas de galerias e afloramentos rochosos, além de locais de beleza cênica como os canyons e de vestígios arqueológicos e pré-históricos”.
A vegetação se apoia sobre uma estrutura rochosa que tem cerca de 400 milhões de anos de idade, originada no período devoniano – daí seu nome.
Mas o paraíso tem inimigos que desejam a redução da área para finalidades econômicas, caso de uma grande mineradora.
O Instituto Purunã, uma ONG ecológica baseada em Balsa Nova, entende ser urgente um amplo debate sobre uso e processos regulatórios do local. Além de uma definição de diretrizes claras sobre licenciamento ambiental, gestão dos resíduos sólidos, uso de fontes de energia, infraestrutura sanitária, captação de água subterrânea e questões afins. E uma política efetiva de utilização e fiscalização das intervenções, para promover a segurança jurídica do uso sustentável da APA.
